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Segurança do Paciente: especialista lista medidas importantes para a implementação de um plano eficaz

Segurança do Paciente: especialista lista medidas importantes para a implementação de um plano eficaz
Campanhas de conscientização chamam atenção para a importância do tema na área de saúde

Garantir a qualidade da assistência à saúde do paciente está entre uma das mais importantes tarefas das instituições de saúde, para isso, a Segurança do Paciente é essencial em todas as áreas. Classificada como um conjunto de ações voltadas à proteção contra riscos, eventos adversos (EA) e danos desnecessários durante a atenção prestada ao paciente nos serviços, a temática tem sido discutida com constância a fim de reduzir os incidentes e estabelecer um atendimento eficaz.

De acordo com um relatório apresentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), durante o ano 2022 foram registrados no Brasil mais de 292 mil incidentes relacionados à assistência à saúde. Desse número, a região Nordeste ocupa o segundo lugar com 24% dos registros. Ainda segundo os dados, a Bahia apresentou cerca de 9 mil incidentes relacionados à assistência à saúde, sendo pessoas na faixa etária entre 66 e 75 anos as mais afetadas.

Com foco na mudança dessa realidade, especialistas recomendam um envolvimento de forma integrada entre gestores, profissionais dos serviços de saúde, pacientes e também do engajamento político por parte do governo, agências reguladoras e empresas da área da saúde na criação de medidas que visem o cuidado e a segurança. Além disso, nos últimos anos, o assunto tem ganhado notoriedade através de campanhas de conscientização, como por exemplo, o “Abril pela Segurança do Paciente” inciativa dedicada às ações desenvolvidas no Brasil, instituída através do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).

Jaqueline Suzan, enfermeira especialista em Terapia Intensiva, Prevenção e Controle de Infecção e Assessora de Qualidade Assistencial da Assiste Vida, empresa baiana de assistência domiciliar, ressalta a importância da criação de medidas eficazes voltadas para a Segurança do Paciente. “Na Assiste Vida possuímos um compromisso escrito que define as ações macro a serem desenvolvidas, assegurando uma atenção domiciliar com padrões de qualidade adequados à redução máxima possível do risco de danos desnecessários ao paciente”, ressalta.

A especialista pontua que a política de segurança do paciente se desdobra em um Programa de Controle e Prevenção de Infecções e Eventos Adversos (PCPIEA), conforme recomendado na RDC ANVISA n. 11, de 26 de janeiro de 2006, norteando as ações a serem desenvolvidas sistematicamente com o objetivo de prevenir a ocorrência de infecções e eventos adversos relacionados à assistência aos pacientes, promovendo um ambiente de assistência domiciliar seguro.

“Para a adequada execução do PCPIEA, conta-se com o trabalho de um Médico Infectologista, uma enfermeira, Assessora de Qualidade Assistencial e uma Graduanda em Enfermagem, executores do programa. Além de membros consultores da equipe multiprofissional: enfermeiros, farmacêuticos, médicos, fisioterapeutas e outros, que auxiliam no desenvolvimento das ações”, explica.

 

Medidas eficazes
Jaqueline Suzan destaca uma série de medidas que podem ser desenvolvidas para contribuir de forma efetiva com a segurança do paciente. Entre as principais ações, destacam-se:

  • Identificar os riscos existentes nos processos assistenciais;
  • Disponibilizar protocolos assistenciais para os riscos identificados e, segundo as metas da Organização Mundial de Saúde: higienização das mãos, prevenção de infecções, prevenção de queda, segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos, prevenção de lesões de pele e outros;
  • Atualizar equipe multiprofissional, através da educação continuada sobre as medidas preventivas do risco e protocolos de segurança;
  • Realizar busca ativa e investigação de eventos adversos;
  • Promover melhoria contínua dos processos, por meio de aprendizagem com os eventos adversos;
  • Acompanhar e divulgar indicadores das infecções e eventos adversos, em reuniões de acompanhamento e boletins informativos;
  • Estabelecer estratégias de acolhimento a “segunda vítima” (profissional de saúde que vivencia algum dano emocional ou sofrimento em função do envolvimento em um erro com dano ao paciente).

 

Dicas para pacientes, familiares e acompanhantes
Um dos pontos mais abordados a respeito da Segurança do Paciente é a participação desses, dos familiares e acompanhantes na segurança em serviços de saúde. Dessa forma, especialistas destacam algumas dicas essenciais para ter em mente durante o atendimento, entre elas estão:

  • Manter a atenção redobrada nos cuidados que está recebendo;
  • Em caso de dúvidas ou preocupação sobre quaisquer cuidados a serem recebidos, a equipe de saúde deve ser questionada;
  • Procure o Núcleo de Segurança do Paciente instituído na empresa que está prestando o serviço e pergunte o que há no Plano de Segurança para estimular a participação do paciente e dos familiares na prevenção de erros e na assistência prestada. Mais especificamente falando, peça informação para evitar os seguintes incidentes: erros de identificação; erros de medicamentos; falhas em procedimentos cirúrgicos; queda do paciente; lesão por pressão e falhas na administração de dietas.

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